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Faça as pazes com o seu joelho. A dor da sua artrose pode ser tratada sem cirurgia, através da denervação percutânea.

    No último post, falamos um pouco sobre a dor no joelho, incluindo suas causas e tipos de tratamento. Clique aqui se você ainda não leu. 

    Agora vamos falar um pouco sobre artrose e a denervação percutânea. 

    A artrose (ou osteoartrite) é uma das causas mais comuns de dor e limitação funcional em adultos e idosos. Trata-se do desgaste da cartilagem e outros componentes da articulação, que podem acontecer naturalmente com o envelhecimento ou ser acelerados por outros causas (fraturas, luxações, infecções, sobrecarga mecânica...). Dentre os sintomas estão a dor, inchaço (edema), rangido (crepitação), limitação de movimento, aumento da largura do joelho (geralmente, causada pela presença de osteófitos). Boa parte dos pacientes conseguirá manter sua qualidade de vida apenas com medicações orais, mudança do estilo de vida, atividade física, perda de peso, etc... Essas práticas são a primeira escolha de tratamento. 

    No entanto, alguns pacientes não irão responder a essa primeira tentativa de tratamento e terão um impacto negativo importante na sua qualidade de vida. Para aqueles que não possuem indicação ou condições clínicas para serem submetidos à cirurgia aberta (prótese ou realinhamento) do joelho ou que não desejem ser submetidos ao procedimento cirúrgico, existem outras opções chamadas minimamente invasivas, como infiltrações intra-articulares (injeção de medicamento dentro da articulação),  bloqueios dos ramos geniculares e denervação percutânea.

    Dentre as opções de tratamento minimamente invasivo está a denervação do joelho, onde usamos um aparelho que emite ondas de radiofrequência através de agulhas posicionadas nos ramos geniculares, que são nervos que dão a sensibilidade dolorosa da parte anterior do joelho. onde se concentra a maioria das causas de dor nessa articulação. Da mesma forma como fazemos no bloqueio dos ramos geniculares, interrompemos a transmissão de dor do próprio joelho, impedindo que eles continuem conduzindo o sinal de dor até o cérebro. 

    A diferença entre a radiofrequência (denervação) e o bloqueio dos ramos geniculares é que, assim como explicado no post sobre coluna, na denervação esses nervos são submetidos a altas temperaturas, causando lesão térmica dos mesmos, o que produz um efeito analgésico mais prolongado do que nos bloqueios1. Como o procedimento visa tratar a dor e não a artrose em si, é muito importante que o paciente seja disciplinado enquanto estiver no período assintomático e realize todas as medidas de reabilitação que antes não realizava devido aos sintomas. Um estilo de vida saudável impacta não só na saúde da sua articulação, mas também no corpo de uma forma geral. Os pacientes costumam experimentar uma remissão dos sintomas por 1 ano, quando o tratamento começa a perder efeito. Caso a dor retorne após esse período, o procedimento pode ser repetido.

    Na foto, vemos as cânulas posicionadas na topografia dos nervos geniculares através do aparelho de escopia (raio x). Após confirmada a posição correta, colocamos os eletrodos por dentro das cânulas e realizamos testes sensitivos e motores para garantir a eficácia e segurança do procedimento. Apenas os nervos responsáveis pela dor são atingidos, não afetando a sensibilidade e nem a força dos membros inferiores (pernas). 

    É um procedimento minimamente invasivo, realizado apenas com sedação e anestesia local. Com isso, o paciente recebe alta algumas horas após o procedimento, não necessitando de internação.

    Você não precisa viver com dor! 

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Dra Fernanda F Gomes

CRM 5292882-8 I RQE 25856

1 https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/37623477/